APRENDIZ DE ANDARILHO
- Valter Rogério

- 15 de jun. de 2020
- 1 min de leitura
para Paulo Leminsk
Vai cedo diante da tarde caminheiro
banzai da esperança canhestra.
Não vais ficar mais no tatame
no carro de boi
ou pular do morro de asa-delta
nem beber tua cerveja na Alquimia
inexata.
Não vais mesmo querer ficar parado
quietinho sabidinho silenciosinho
morando rumo ao teu país sol.
Vários amores já ficaram e passaram;
Outrora não vai mais brincar de pião
soltar papagaio
bolinha de gude
cama casinha e comida ao chão:
Nem colher teus insetos
para rumo do teu povo,
horizonte de amor.
Deixas-te de brincar de conversas
a soltas " Caprichos e Relaxos"
de cavucar ouro no fundo do quintal,
certo em ser guarda noturno das esquinas
fumando e exalando á fumacinha da vida
aos perigosos seres que cravam na veia
o sabor e perigo, desta vidarribação.
Tiveste mulher, livro e muitos amigos
guardados sonhadores amores e semente ilusória
na insensata realidade comparada
ao teu sonho de luxuria polvoralesca
que o rio da vida levou.







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