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BICHOS DO SUBTERRÂNEO II

  • Foto do escritor: Valter Rogério
    Valter Rogério
  • 23 de abr. de 2020
  • 1 min de leitura

Estava refletindo sobre o livro de Antônio Candido Literatura e Sociedade quando folhando entre seus diversos livros encontrei um verso de Mario de Andrade que aparecia a ideia e expressão Bichos do Subterrâneo. Queria ter uma reflexão do que seria tentar caracterizar e constituir o conceito da palavra underground (contracultura ) diante da figura incógnita do escritor Luís Carlos Maciel em A morte Organizada e Geração em transe,Memórias do Tropicalismo; categoricamente afirmava que “prefere olhar para o futuro a analisar o passado” portanto "Temos que ir adiante. Acho triste a pessoa que chega na minha idade e acha que o que viveu foi uma coisa horrível".



Bichos do Subterrâneo II

Música e letra: Valter Rogério

Debaixo do chão

Aceso como vagalumes

Movem-se os bichos do subterrâneo.

Com a palavra irresistível em marcha

Metralham os vermes e afloram mil sóis,

Para indeterminadas primaveras.

Único desejo é aquele que não desafia lei por nenhuma lei

Mas que desafia outro lado do muro,

Lágrimas de vulcão implodem do chão.

Nossos grilos nossos gafanhotos

Em ritmo de marcha acompanha

No canto no ar

Romper de vez a nossa simpatia pelo desejo.

É preciso desfazermos em várias pessoas

Puxar o outro ser que tem pra você dentro

Recorrer o sonho, beijar à mensagem.

Jogue à lança onde espaço e o céu ausente

Continue com este grito de guerreiro ardente

Abotoar da noite; abotoar do dia andaluz

Tudo batido no aqui agora.

Fio de luz eterna; fio d’água

Germe do amor como gota d’água

Filho da luz eterna tudo bem


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