CAMARADAS DO APOCALIPSE
- Valter Rogério

- 11 de abr. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 18 de jan. de 2021
para Jorge Mautner
Camaradas do Apocalipse
venham todos!
Vamos adiante do medo
aspirando às fumaças intragáveis
luzindo por luzes cristalinas
no caminhar secreto
com a esperança acesa
no Cruzeiro do Sul.
Venham todos
desacatem autoridades
armem-se solidariamente até o fim
no fundo acima ou abaixo
romper de vez
as fronteiras do pensamento humano.
Fornalha da fé
desespero do pensar:
Agora daqui para frente
nosso lema será entregar ao sol
os perdidos caminhos fechados
Em busca vão do sentimento humano
inexplorado.
Diante das tempestades alheias
a guerra do viver
solfejo da solidão
o palhaço teatral,
resta acreditarmos
que nem tudo é perene, e difícil no dia-a-dia,
mas o necessário é vencer.
Camaradas das estações perdidas
do tempo perdido nos relógios afins.
Venham todos, caminhem adiante,
levantando à dialética inexplorável do amor
em puras ou sonoras amizades
subterraneadas.
Nem mesmo brilhar como um vagalume,
moradia ao sonho coletivo
deixa-nos de valer plano de voo
pelos ares constelacionais.
Forças
Ditaduras
Liberdades
Oprimidos
Libertinagem
procuram suas formas aquosas à tua lei
sideral sobrenatural.
Revolução Evolução
Então!...
Diga a todos camaradas
companheiro dessa esperança reluz
É preciso lutar em avante
não pela memória da violência
ou pelo bagaço estilhaçado da cana caiana,
Único direito é aquele que reconquista
o simples direito de se viver.
Galopar com a história nos ombros
cavaleiros de vidro,
marchar com as dores adiante das tempestades
Trovadorescas
que imprópria, as unhas do mundo lhe cravou,
Então! Vamos todos
por nossa vez. Camaradas do apocalipse
agora e para sempre
gritar pela vida e sua conquista sobrenatural
encontre a semente, o germe.
que o homem ainda não brotou.
Poesia do livro; MONOGRAFIA BICHO DA SEDA
Autor: Valter Rogério Nogueira de Almeida







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