DO OIAPOQUE AO CHUI SUÉCIA E EUROPA; É NOITE DE SÃO JOÃO
- Valter Rogério

- 2 de jul. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 24 de jun.
Do Oiapoque ao Chuí , Suécia e Europa
Neste mundo insensato e sem fim,
Surge uma homenagem multicultural
Aos falados humildes Santos populares:
Festa de Santo Antônio, São João, São Pedro
E São Paulo certos, conspiradores da fé digna
Onde levanta-se o mastro de São João
Em Maio para homenagear esses três Santos,
Um certo Pau-de-Sebo diante do costume pagão
De levantar e superar dificuldades.
Mesmo costume deu-se também em Portugal e Suécia,
Com suas festas durante estivais de junho,
Próprio do verão aguerrido das pessoas
Erguerem o tronco originário de uma árvore
Carregando em si o valor de simbolizar
Força do coletivismo e fertilidade masculina:
Como uma tradição ancestral cultivada
Em diversos países da Europa; “Majstângen”.
Nas noites infinitas das festas Juninas
Surge no local o Arraial de barracas erguidas
Enfeitadas com bandeirinhas de papeis coloridos
Balões palhas de coqueiros ou bambu.
Diversas barracas de comércios surgem;
Mas em destaque a pescaria cheiro marcado
Com o pó de serra das serrarias marcenarias
Que lembram as tolices das arvores caídas,
E o segredo de pegar um peixe onde a surpresa
Da prenda superaria o dinheiro gasto.
-E acontecem os forrós bingos leilões
Com danças de quadrilhas e casamentos matutos.
Não posso deixar de esquecer que a Comunidade
Cristã dos Portugueses deixaram viva
Estas marcas mundanas de tradição
Em homenagear saldar Santos ditos Populares.
A aculturação foi sendo magnificamente
Alegre feliz festiva que teve adesão profunda
Das Associações Municipais comunidades de bairros
Igrejas com suas Quermesses:
Como também trouxe a paixão aos Professores
E alunos de Colégios em muitas infinitas escolas.
Os homens usam camisas quadriculadas
E calças remendadas de panos coloridos
Como um Matuto e seu chapéu de palha
Arrancando saudades eternas do Jeca Tatu.
As mulheres vestem vestido coloridos de Chita,
Tecido barato que as deixam lindas.
Os meninos vestem-se de homens
Com bigodes e barbas pintadas desenhadas
Para parecerem adultos másculo fortes
Bonitos e felizes como seus pais e avós.
As meninas também usam vestidos de chitas
Coloridas e rendados maravilhados
Que com seus rostos pintados e maquiados
Enchem de beleza a imensidão da vida
Desta alegria saltitando perante aos presentes
Tios tias avô avó irmãos irmãs padrinhos madrinhas
Que gentilmente se apoderam de admirar conviver
Com esta vidazinha , dos comes e bebes degustação.
As comidas aparecem simplesmente vivas
De chegança incorporada as populações;
Chegado o mês de junho que todos nos temos
De agradecer as chuvas caídas por mérito
Ao talento de São Pedro pelas águas propícias
Das lavouras de milho certa época
Onde a riqueza e fartura do trabalho humano
Recompensara o pão e suor da cachaça
Na colheita que acontecera com os boias frias
E os trabalhadores rurais citadinos diante
Da tradição em comidas feitas para ele, por ele
Ao senhor espiga de ouro que por festas pelo
Louvor vem a todos agradecer e homenagear
Este grandioso ser da natureza divina.
Milho Cozido canjica, A pamonha e o mungunzá
Bolo de milho e pipoca Maria solteiríssima a estalar
Onde fantasiado de roupas os caipiras
Ou saloias de andança e danças enquadrilhados
Rodam a Dança de fitas que logo assemelha-se pares a pares
No casamento fictício matrimonial
Representado pelo noivo e pela noiva
Onde o Padre ou Pastor são apenas memorial.
Diante dos olhos de todos libertará solteiros
Para amarem e viúvas em crise a casar
Isso tudo diante da festa Junina de São João
Certo amor reluzindo e navegante que certo
Acontecerá diante de uma fogueira altaneira
Esfogueando de brasa e fogaréu aceso vem saudar
Os lindos e maravilhosos instrumentos
Acordeão Zabumba Cavaquinho Pandeiro
Violão e Triângulo saldam ao calor humano
Do Forro ,Baião, Xote e do Xaxado como
Também das cantigas Típicas e o Reisado do Coco
Regado no licor de Jenipapo e quentão acachaçados
Diante das romarias e todas armadas
Refestança em refazenda rurais de povaréis
Citadinos ou urbanos compartilhados com esta carta
Saudade a rememorar um corpo a corpo
No esfrega esfrega da tentação do amor vem calar.
Como herança de costume em abraçarmos e brincarmos
Do afeto canhestro , fiel amoroso; devaneio de viver.
Gostosa conspiração real contra o medo desesperador
E a violência aclamada neste mundo de hoje
Sulreal mundo aguerrido taciturno
Onde a felicidade de muitos supera os poucos
Da ignorância desimpedida do amanhã
E da vida do próximo plantada vem salvar.
As estrelas brilham no clarão do céu
Como fagulhas acesas das fogueiras
Com seus braseiros aquecidas chamas
Inquietas desta sofrida América canhestra
Das labaredas encantadas que peregrinam
O calor aquecido do chão fundido a fogo
E a tempestuosidade pueril assolada da noite
Infinita deste festejo ensolarado harmonioso
De nosso senhor capitão homem forte
Das fazendas e dos matos, aceso e sabão.
Nas noite eternas arrochada dos Arraiais,
Surge condecorado o valor dos santos
Namorador e casamenteiro de um novo
Amor que possa assim surgir para orientar;
Quem é jovem e quer o caminho do casamento
Deve obrigações a Santo Antônio.
Mais idosos entre os vinte cinco e cinquenta anos
São João vai peregrinar uma nova chance aparecera.
A partir desta idade é São Pedro que poderá
Com sua força dos trovões arremediar
Um caso que deverá ser observado
Por dois pedaços de carvões acesos do braseiro
Com um copo de água que fique durante a noite
E o orvalho da manhã avaliar
Se o carvão maior afundar a primeira pessoa
Menor ficará viúva e pobretona;
Se os dois pedaços de carvão flutuarem
O casal terá vida longa em matrimonio conjugal..
A festa junina chega sedenta e forte
Do Oiapoque ao Chui ,Suécia e Europa
Como Lua cheia escancaranda sendo
Um implante e supremo Luar do sertão.
Carregando vontades e amores desejos
Em revelias de ciganescas arruações
De muitos contidos corpos das culturas
Terreno de vários povos do mundo a porvir;
Espalhando coletivismo fé paciência
Perseverança e amizades amores seculares
Que terminam ou começam no mundo
Da inquietada pueril razão satisfação humana .
Dos beijos abraços carinhos amores
E risadas dos casais enquadrilhados
Que passam a Superar as diferenças dos corpos
Livres em movimento e libertinagem abrigando
Caipiras casamento de destemidos prazeres
E volúpias acesas de desejos encarnados
Como amor eletrizado magnético alvorecer
Desde tempos históricos coloniais rememorados.
Tudo isso fazem a grandiosidade dos povos
A salpicar e tornar o “Chão de Estrelas”
Arribação de vento e alucinada paixão
Coração selvagem sujeitos da sorte
É o dia de São João homem forte
Do tempo corpo boca toda suja de Batom
Mas nem tudo é manipulação da massa
De nossas vossas sublimes virtudes
Viva São João , nosso senhor capitão.
Livro: POEMAS INSÓLITOS
AUTOR: Valter Rogério Nogueira de Almeida
Fotografia: Foto Pacha








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