INTERLUNAR DE PRATA
- Valter Rogério

- 19 de mar. de 2021
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INTERLUNAR DE PRATA
Eu canto com minha voz
com meu Deus
com minha honra.
Honra simples, sonho aberto
heresia-flor maresia dessa companhia discreta.
Canto porque cantar é estado absoluto de graça,
girassol solar
carvão partido
coração quebrado
montanha reluz mágica e o sol fazendo-me
companhia de fé, neste episódio dramático
deserto.
Nós continuaremos deste lado
não adianta fazer nada...
está tudo tão escuro.
A vida nas casas...o medo das ruas
sinto apenas que não estou morto
por causa do amor.
Nos lares indomesticáveis
não à mais pássaros;
o canto nasce torto
êxito interlunar estelar
na voz do vento,
com razão escassa e obsoleta:
Com a honra, edita a palavra
Despido da palavra
está o ser,
sem recuperar o poder...sem o prazer.
Escarcéus do cotidiano mortífero
que prende as mãos, o cabelo lactando reluz
e arrasta sob o chão
deitado eternamente no país interlunar de prata.







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