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O CARTEIRO E A MEMÓRIA DO ANIVERSÁRIO

  • Foto do escritor: Valter Rogério
    Valter Rogério
  • 24 de mar. de 2020
  • 6 min de leitura

Atualizado: 5 de ago.


para Maria Aparecida Marochio de Almeida, minha mãe.


Quando completei anos afinco afirmo; perdi-me lembrar

Memoriadamente dos versos simples jogados perdidos

Na corredeira dos riachos, menos pensar de que um dia

Eles poderiam tentar tecer margem da ramagem no horizonte

Preciso e seguro calado, a contento dos anos que se passaram.

Passeios à folga no chão, o banho de mar, à vela do veleiro

Na correnteza mutante do movimento estudantil no dia-a-dia:

Acompanhado do claro sorriso enigmático claridade acontecida.

 

Mas quero dar meus parabéns por tudo que é seu nesta vida;

Pelo seu tato, gracioso ouvido e sinceridade de sua cabeça

Que abriga nela sonhos e lucidez sempre viva, esgarrando

Esbarrando em opções de estradas e cruzamento da rota carmina

De premonição; para com o sutil amor e poderio de instantaneidade:

Seja um dia acatado e reinado no meio desta multidão taciturna.

Felicidade pra você, para comigo e paramim pramim colegas

Que respiram o pouco do oxigênio na pulsação latente das marés,

Em oceanos intranquilos desgastados ondulações fantasmagóricas.

 

Queria mesmo dizer amor para todos vocês que amam

E conseguem o arbítrio de voar livre no corpo oxigenado

Devagar e solto, translúcido deste espaço corroendo o intímo

Ultramarino de anos: Uma força tamanha que me apresento

Fazer versos em nuvens e monções ciganas, vadias de etéreas

Forças de renascimento berçário por melodia comparsa dos perdidos

E achados sonhadores margeados na libertinagem inexistente.

 

 Mas o amor é uma semente de luz sólida esperança acesa

Madeira brasa bracejando escravizar mil sonhos girassóis

Partindo em raios, caos discreto desta companhia secreta

Que abriga a morar na costa Africana, como também no oeste

Do mar morto; velejando pelo oceano tãoquanto Pacífico Atlântico.

Quem dera amar brincar, viver e relampejar palavras amarradas

Dentro da calada sussurrado rompimento de teimosias Andaluzia

Frase sonolenta de choro e manha descoberta de entretenimento

Réus, dessa minha dispersada maneira de pensar e avançar deslizar

No espaço cósmico corporação das Galáxias de Gutenberg.

Isso que faço, talvez nem seja à poesia; simplicidade equivocada

Formal e artesanal, tecida emoção novos devaneios

E pobre desacato singelo: como despertar ensolarado e amanhecido

Há de eternizar meu amor eterno por ti neste momento infinito.

 

 Outrora questionar indeterminar está obtusa força equidistante;

Afetos de abraçar meninos e meninas aromatizados cheirosos aromas

De jasmins alfenim e cheiros canhestros luxúria odor conspirativo

E compaixão inexplicável descobrimento  a contento do corpo

– Que não é mistério à vida? Encantar ou desencantar com os sonhos

Com olhos de enxergar ou até aliciar às cores acabrunhar os fatos

Na clarividência consciência; muitas pessoas estão aprisionadas.

Bailarinas dançam à noite da morte ; no ventre bailado da vida, latem Cães nas ruas em famigeradas conspirações dos exércitos famintos

Enquanto os samurais enrolam um cigarro; sacando com suas espadas

Cortar desespero subdesenvolvido de compor canções acatadas obras

De letras e músicas no poético das notas e palavras no amanhecer

Referente a mediações sinfônicas e constelação das estações escritas.

  

No seu aniversário, optei ficar com pessoas admiráveis amorosas;

Que acreditam que o homem carregará em seu limbo certamente paz,

Tentará a insensatez  de reconciliar o crescimento do broto

Aconteça de ser-gente  tornando livre como o vento varrendo

No mediano semiaberto corante vidinha simples vertiginosa animália.

Passou o tempo  esvoaçados a fios; passaram os anos proletários:

Menos o valor intacto vaporoso verso interestelar “Câmara Ardente”

Que aqui e agora tenta convencer-me lucidez e rebelião amor luzir

Deste raio inexplicável luzidio no céu acinzentado e subdesenvolvido

De palavras no açoite abdicar a poesia casta de utilidade social.

 

Essa pessoa iluminada inquieta, vivendo no cortiço mundano,

Murmurando de conversar à sós, formosura transacional

Paixão, recriando e procriando escarrapachados, alegre de ser

Viandante vento mutilado em rebelião nas “Luzes da Ribalta”.

Aquele verso de menino prematuro; revelando o caleidoscópio

De cores e nomes emoções disfarçadas de vozes  no horizonte

Devaineado poemas marcha marchadores de epidemia:

                                                                        Aves de arribação.

 

Mesmo o cajamangueiro enruaçado frente ao Colégio Cristo Rei,

Instalador do azedume boca e saliva ao gosto salgado na língua

E sabor sensualidade cajamanga beijo acontecido úmido de desejo

Passando por mundos estranhos equidistantes à temporalidade:

Brincadeira de andança avançar na sinceridade perdida acontecida,

Mediante vê-la  naquele vestido azul turquesa no portão de sua casa;

Contudo não aparecerá nunca mais de poder encontrar-te novamente.

Também mudamos repentinamente,envelhecemos mesmissimamente:

Sempre o tempo como  merecedor das razões mundanas de ser.

Quase possível precisar crer que imperará dizer-nos eterno o amor;

Como um pássaro passarinhando e borboleteando o voo do colibri.

  

Será que continuaremos vivendo, por esse estranho ser sobrenatural

Que adrenalinadamente habita  de calor a luxúria de nossas veias?

Ou aquecerá o acaso dizer a todos; que não passa de um estranho ser,

Interligando córregos , rios marés corredeiras mutantes veredas

Em sublimes assustar matilhas e manadas ao viver; partindo existindo

Suspirar ao sopro de vida e laços de temporalidade desta razão-cio.

Mas tudo não passa; não fica apenas repentinamente; pelo abraço

No olhar de olhos alucinados solares rebeliões de mitos alheios:

A liberdade na libertinagem cáustica alivia cantar por nós mesmos.

 

Lembrei-me daquele riso contido harmonia “Reinações de Narizinho”;

Exalando sensações, enquanto dizíamos palavras mundanas

Arredia conspiração espalhafatosa pela informação de sóis a existir.

Nem mesmo o cabelo comprido dos anos sessenta e depois oitenta;

Com o esmalte carcomido na ponta dos dedos almejados translúcidos;

Deixará de apertar nossas mãos,dizer adeus  que partimos diante de :

“Alguma Poesia” ,”O sentimento do Mundo” “ A Rosa do Povo”

De Carlos o Gauche e os morros uivantes acontecidos Minas Gerais.

O girassol inquieto promete frente à Via Láctea das  Três Marias,

De conversas soltas e diálogos compassados limpidez acompanhante

Da solicitude eterna de romances destelhar casas sobre os heróis.

 

Penso em beber um vinho vodka; mas ainda é cedo perante a noite.

E acabará à tarde? Quem mudará amanhã depois do entardecer?

O apito do trem da Maria Fumaça, parte ao Cruzeiro do Sul, Júpiter,

Saturno, Marte, Plutão, Plutão; pela cisão de abrirmos tormentos

Em anjos e arcanjos sem rumo a acontecer na vida acontecida

Perante a livre vadiagem na paixão do alvorecer humano.

Tudo passa, correr nadar levantar abrir e cantar festivo dos ventos

Em operações de sapos gatos cavalos cachorros adestrados de diáfano.

Acompanhará nas veias o pulsar desse mistério reluz aclamado porvir

Que é ser estrela andaluz como gota a gota sendo assim  gente.

Mas sabe; ainda a pouco olhava o arrebol,miramar destemperança

E montanhas sermões; desavença democrática desta origem mística.

 

Recordo Dona Margarida; uma dessas Europeias ardentes costumes

Que sucessivamente ensinava a galopar em cavalos acrobáticos,

Frente ao horizonte  de livres saltadores pulando obstáculos

Acima dos malabaristas, nos registrados jornais folhetinescos.

Mas amores passarão e aconteceram; como passarás“Cartas Chilenas”

Até mesmo ficando todo mundo em cada canto o despertar passageiro

De continuadas gentes com marcas pelo rei e réus rainhas Russas.

Ficou mesmo o crédito de cada um; projetadas personalidades novas:

Como é difícil escrever para a poesia? Mas e os amigos e as amigas!

Talvez mesmo não entendam meu obtuso diálogo consigo mesmo

Apenas fico saber que existe como Patrícia Galvão, Anita Malfatti,

Dona Olímpia, “Teresina”,e outras mulheres que lutaram Amazonas.

 

Não faz pé-de-vento, esperança para resgatar minha solidão fatídica

De beijos e versos perdido nos córregos riachos rios ribeirão.

Peço se possível de não me esquecer como também prometo,

Não esquecê-los neste terceiro ano colegial da pureza acontecida.

A infância está no lado do muro;a mocidade ardente perante a velhice

Esquecida que o tempo velhaco em confinamento que auto mostrou

Digo apenas que este verso guarda um pouco de mim escrevendo

Deliciosamente pendurado paraqueda e uma mente fantasia infinita

Em guardadas falas do jornalzinho cisco, quimera do pouco que ficou:

Língua falando formas de ilusões a perder-me carrossel da história?

Mesmo cheiro estranho de cigarro,às fagulhas de lápis sendo apontado

Demonstrando lascas das árvores almejadas ao chão;frias portas.

 

Parece manhã lambiscou o diminuto tempero pessoal de cada pessoa

Na moralizante lembrança, do tempo acontecido devaneiado ao acaso

Habitado estilos tipos humanos, intimistas e social de combate.

Nunca pretendi esquecer daquele cavalo Orfeu macunaímico alazão;

Vilas ricas diálogos conversação, sem magoar ao próximo ressurgido

Frente às tolices cotidianas da ordenança social conspira assim a ser.

Mas eu, fugitivo de subterrâneos submersos desvendar silenciosos  

Quero lhe dizer uma coisa sobrenatural: Nem tudo é caro ou gasto,

Como todavia quero ser sincero no despertar de vidas acontecidas:

Mas amor de pessoa, feliz lenimento e entretenimento dos dizeres

Domésticos embora queria cumprimentá-la e dizer-te feliz aniversário.



Poema do livro: EXTRAGEMA

Autor: Valter Rogério Nogueira de Almeida

Foto Álbum de Família

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