O RIO DA CIDADE
- Valter Rogério

- 9 de set. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 2 de mai. de 2022
Rio da Cidade
O rio de minha cidade
Não é o Capibaribe, Tejo ou Veneza,
Nem muito menos amar
O rio do mar Miramar Serafim.
O rio de minha cidade
Não é o Nilo Amazonas Ipanema,
É amor de córrego a boi e cavalos
Que por uma outra ordem comum
Continua a navegar terramar
No mar dos sem fim.
O rio de minha cidade
Não é meu rio, nem de ninguém
É o homem touro, a mulher Venusiana;
Que fala a palavra ao sonho
Inconsciente, pedra do rim.
Mas o que falar sobre
O rio de minha cidade?
Preciso eu dizer a você
Que na minha cidade tem um rio
E que sobre a loucura da vida
contínua o amor invisível
a navegar no destino sem fins.
O rio de minha cidade
Não é a primavera indiscreta
Outono, inverno ou verão chafariz.
É o rio de ordem da vida vinho
Que por trancos e barrancos sonhos
Vai levando pouco a pouco momentos
Amais de mim e muito menos de vocês.
O rio de minha cidade
É boi cavalo café indústria algodão
Milho cachaça Whisky Dólar
Moeda ou dinheiro, pedaço ressurgido
De um mórbido Jasmim.
É brasileiro estrangeiro europeu
Mas o rio de minha cidade circense
Não é o rio Negro, Solimões ou Tocantins.
O rio que não é meu, mas da cidade
E da vida simples... como que esta
vem rolando há meses e anos por aqui.
Queira dizer acaso ou não rio
Ao córrego da onça e do veado
Rio do Peixe Cascatinha e Mandaguari.
Mas o rio de minha cidade sub-humana
É um eterno caso ou descaso sem fim.
Obs.: Rio Mandaguari, Córrego da onça, Cascatinha, são rios da cidade onde nasceu e viveu o poeta por muitos anos de sua vida.
Poesia do livro: MONOGRAFIA BICHO DA SEDA
Autor: Valter Rogério Nogueira de Almeida







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