QUATRO SERES, QUADRO DE ALMAS
- Valter Rogério

- 24 de mar. de 2020
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QUATRO SERES, QUADRO DE ALMAS
Quatro seres;
Quadro de almas e um silêncio
de mundo guardado diante do chão.
Descalço permanecem em pé com a vida
pedem desculpas deszelo por assim viverem.
Uma estrada de terra e chão pisado
certa marca da fome forma o boi
e as estrelas do céu perdem perdão
por existirem e persistirem ao acaso.
Já não conseguem mais nadar no rio que secou;
Savanas arcam os animais a serem caçados
e os urubus passeiam procurando a morte.
Mas um da à mão e o corpo ao outro;
Corpos invadem o amanhã inseguro
Deserdado de insegurança calada.
Não tens mais fuzis e os fuzileiros
Mercenários atiram diante da sede caustica :
Fome corroída e o satisfazer itinerante da miséria.
Tarde da noite o amanhã romperá no céu
O Bolero de Ravel e a morte do imperador.
E toda poesia aclama a brasa da chama
certo tremor do tempo ao insensato amanhecer.
Quatro meninos andam na rua da estrada
com sede carinho amizade companheirismo
viagem no orvalho tímido da magoada terra ferida
Entretempo pálido contra correnteza da vida
e viver seria interestelar tempo que assim ficaram.
Poema do livro: EXTRAGEMA
Autor :Valter Rogério Nogueira Almeida
Autor da foto: Desconhecido







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