RESENHA DA ANDORINHA- MONOGRAFIA BICHO DA SEDA"
- Valter Rogério
- 19 de mar. de 2021
- 1 min de leitura
" ‘ Minha alma é uma andorinha
abre-lhe o seio teu’
Castro Alves
Andorinha que passa e remonta o correr do dia,
por que calada fica
Se teu voo é de delícias doces
Etérea amarga orvalhada adentro
do céu no espaço inerte.
Andorinha que permanece livre na vida do azul
aberto,
solta e fogosa de ser
- agente da malandragem –
buscando rebeldia interestelar.
Quero todo esse colarinho preto e branco
simbólico... metamorfoseado
pintado a lápis com sinais evidente de tua
própria virtude.
Engraçado eu aqui embaixo
observando-te nos elétricos
fios da cidade
árvores nuas, revoadas em passos
recordando realejos passados
que pouco a pouco sumiram das praças
em vida surda, ritmado pelas antigas bandinhas;
nos quais homens e mulheres
brincavam solenemente de amor
na correnteza perdida e inexistente
do lazer ao acaso.
Tua relíquia, teu sonho ensolarado
não servirá de chamas amais em nenhuma fogueira
ou até mesmo botequinho de carvões acessos
Urbanos cravos atômicos
Burregos ou filhos de tua favela,
que taciturnamente acendem disfarçados
de plumas em miséria...
dos morros
fracos sedentos uivantes.
Cada palmo de vida uma poça d’água,
um palmo vegetando
sulfúrico açoite presente,
de uma inexplicável escravidão.
Quando enxergo à tua vida solta,
o jogo do bicho
arrebaldezinho solemar
estrada rio Ribamar,
indago tua existência ao inseguro
econômico e devorador dia
de uma tempestiva escura madrugada temporalesca.
Quero uma Andorinha,
estou bipartido em mil pedaços
Cósmicos,
milhões de centelhas ocultas morfológica
sintática
epidemia em revoada.
Andorinha... Andorinha... ensimesmada
Viandante... ciganada,
massamante... interapartamentada
Doramundo... seriosamnte
Patriamada: “ Pílulas andaluz.”
Retalha inspirar o verso amigo
de teu simbólico ser
pelas nuvens
pedal de bicicleta
pedaços de deuses
figura humana
terra ao chão
madeira ebanizada.
Andorinha... Andorinha
porque calada fica
Se teu voo é de delicias doces
etéreas amargas purpúrea orvalhada.
Poema do livro: MONOGRAFIA BICHO DA CEDA
Autor: Valter Rogério Nogueira de Almeida

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