ROSA URBANA
- Valter Rogério
- 19 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de jul. de 2023
Rosa Urbana é o cachorro aflito,
o assobio calado de púrpuros estrelares.
A rosa é o riso urbano... e o registro dos tempos:
tamanha fluidez que guarda nos olhos desde criança.
A rosa que de rosa aflita, nasce do broto
o espinho de sangue, à solidão disfarçada;
da memória rosa que de rosa imperfeita quase nada!
Diante de Hiroshima, rosa que rosa amiguíssima
permanece calafetada.
Mas não me pergunte o porquê das cores de rosa
do jeito vulgar de sua fala, do risco maneiro
de seu sutil aflorar
aquela que gala rebola, adora…
o sisal de uma verdadeira rosa.
A velha imaginativa rósea da ruptura magnata
outrora borboleteada;
rebela na calada, o abrir de coração,
por amor ao anjo cupido.
Desde que veio a reviver, rosa é tímida tépida,
Rosa laranjada
indiscreta, avermelhada rosa logos do asfalto;
de um povo:
Encrustada fuligem tamanha de seus olhos
que de rosa ficou o cheiro, tímida mulher –
Homem guardado.
Bem-me-quer mal me quer, seja rosa ou cravo,
feia em pétala, não tem medo e vergonha de ser
nada:
É silenciosa serosa e permanece orientada.
Mas nem sei o que fazer da rosa?
Tece de seda sua cor de véu, e pétalas Aranha,
internegritudiada
sem teia nem casa, rosa não tem brilho...
nem é rosa cálida.
É a rosa de um povo, do povo que não conhece
sua vida fora da marginalia.
Mas que vida nem nada é que fora rosa,
ela é apenas um furo de luz... simples jardim.
Anarosa é população vestida de riso e na falsa
de calada!
Vou-me esquecer de rosa do riso e do nada-
Nem deixou-me por fala libido ficar solto
no meio de suas coxas,
mas de riso de nada é que fora a rosa
negro fogo azul lilás amarelada.
É a rosa da provocação que não tem vida,
Queira dizer acaso ou não, o porquê do dia,
da revoada em pregadas almas
do povo sem vida
A vida sem o povo
perdido outrora em rua ou outras esquinas
becos suburbanos vazios caos anarquizados.
Quero dizer amor a rosa, do cravo fazer mais valia.
estou tão triste sem a tua companhia.

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