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SEREIA NOTURNA

  • Foto do escritor: Valter Rogério
    Valter Rogério
  • 19 de mar. de 2021
  • 1 min de leitura

São Jorge despenca do céu

apalpa as nuvens e chora abertamente

com a caneta no hemisfério Boreal do Amor.

O sinaleiro instaura o sobrevivente sinal verde

para rua livre poder continuar passando.

O riso do dia na manhã nascente chega variar

do contra na morada eclipse oculta.

O beijo guardado numa carta, serpentina do desejo

equidistante de ser reproduzido,

para o amor na sensação de amar.

A vida simples como beija flor manda correnteza

do rio negro vermelho doce levar.

O passarinho perdido na gaiola pede ao vento

que seu canto não deixe poesia de brotar;

o anjo torto pega na mão de Maria observa José

e vê São Jorge despencar do céu,

desprendendo do amanhã:

Diabo virgem Maria, o que é o presente?

A lua mansa em outono dia de chuva

despede do espaço, estrelas de uso e desuso

das secretas constelações escritas…

Sobra o beijoseco no solo agreste do Nordeste

das margaridas sublime, rapsódias sem fim

bailam na noite com a dança do Cisne negro

e saem do ar cheirando jasmim.

Juntos transformam-se em borboletas

que do casulo ao estratagema, saem suspensa dos jardins,

e multifacetada ferozmente agente de dizer assim;

Amar amor: é esse o meu fim.



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